domingo, 6 de junho de 2010

ler e ouvir

O ato de ler se torna ato de ouvir, em sua forma ativa, quando se está interagindo através da internet, isto é, nas conhecidas salas on-line, quando internautas, de uma forma muito natural, fazem menção a:

– Você leu aí o que falei?

Percebe-se, então, de forma clara que, através das palavras digitadas algo foi dito, assim, podemos notar que a intenção inicial fora claramente dizer o que eu escrevi, porém, penso eu, ao dizer você leu o que falei, haja uma sensação de proximidade que a mensagem instantânea proporciona ao internauta.

O eu falei torna-se uma forma mais incisiva, uma aproximação maior, como além de ler a pessoa assimilou bem, não apenas leu, mas colocou toda atenção.

A ativação dos sentidos tem sua forma ativa e sua forma passiva, assim como também o ato de ouvir e escutar, pois nossos ouvidos não se fecham para ouvir, porém escutar exige de cada um a atenção, a assimilação dos detalhas da mensagem.

Os sentidos absorvem e emitem informações. Diante desses fatores, reformulamos nossos conceitos, nosso aprendizado e, de forma ativa, formatamos nossa forma de ver, ouvir, sentir e pensar o mundo.

Na busca da recepção de valores, estamos sempre lendo e ouvindo; desde o momento em que nascemos – quando nos levantamos a cada amanhecer.

Lemos a hora, lemos o tempo, lemos nossos pensamentos. Ouvimos um bom dia, e seguimos, lendo, ouvindo, captando mensagens e emitindo, reagindo.

Isto é viver, sempre transformando tudo em ação.

Porém, como se diz: para um bom entendedor... Fica aí a questão.


Elanklever


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