sábado, 5 de junho de 2010

viver é reler

Por que ler? Para que ler? Para se perder a originalidade? Adquirir idéias alheias, intelectualizar-se, decorar, aprender a pensar com as citações alheias? Claro que não concordo com tais perguntas autoafirmativas.

Penso que quando não se gosta de ler, tem-se a inconsciência que a ignorância original é um bem que não possa ser tocada.

Conceitos torcidos, distorcidos e retorcidos – bem dá a muitos a sensação de originalidade, uma originalidade fundamental, para que nossa ignorância venha ser bem estruturada e uma filosofia de vida "do deixa como está para ver como fica".

Existem tantas coisas originais; bem, muitos traem a si mesmos pensando que não ler, que sendo assim, ou assado é ser original, como dito.

Mas as palavras que aprendemos, a forma de falar, a forma de ouvir, a forma de expressar, ações e reações de nossos sentidos, nada tem de original, pois, não fora criada por si mesmo.

Aprendemos com o mundo externo, o idioma, os comportamentos, as aceitações em geral, costumes e cultura. Sim por isto que somos seres sociais. Bem muitos pensam que ser antisocial, ter opiniões ditas próprias, é símbolo de auto afirmação.

Concordo plenamente sim, e de forma muito clara, todos tem que ter individualidade, auto afirmação, porém, estar embasado no conceito de dono das verdades, é muito diferente e perigoso, um dia bem possivelmente se estará “dissimulando” e procurando o culpado.

Pois a verdade é apenas a narração de um fato baseado no ponto de vista do observador, e a realidade é a dinâmica existencial, que muda a todo momento, não como a rotina do ponteiro do relógio, mas uma mudança evolutiva, crescente. “Pois a única coisa que permanece são as mudanças” Elanklever.

Se eu não me arremeto ao próximo degrau, bem possivelmente estarei atrapalhando a quem está subindo, bem possível mente quem gosta de estar bem formado e informado.

Lapidando o pensamento, estruturando o perfil de personalidade e polindo o caráter.

Não só leitura de livros, revistas, mas, principalmente a leitura e alfabetização de si mesmo ao encontrar-se na geografia do universo e geometria da autoevolução, lendo o mundo ao seu lado e buscando entender o texto e o contexto.

“Quem reflete degusta o pensamento”. (Elanklever)


Elanklever

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