Temos de criar fome pela leitura; fazer amizade com o conhecimento; desejar, ardentemente, buscar valores que complementem a necessidade dentro do metabolismo – como a carência alimentar – fazendo com que o sangue venha a estar impregnado, alimentando o instinto de busca, de conquistas no campo das idéias, informações e conhecimento.
Existem leituras diversas. Aquelas que formam e informam o profissional; satisfazem curiosidades; capacitam a cultivar relacionamentos; a buscar o autoencontro; interagir melhor na sociedade.
Paulo, como o apóstolo de Jesus, oferece base para desenvolver censo crítico, mais estruturado e autônomo, ao dizer que: “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”. (1Co 6:12)
Em outros tempos, a busca por informação e conhecimento era transmitida através da oralidade, dentro da própria família, núcleos diversos e pessoas que manifestavam aptidão para o ensino, uma vez que poucos tinham acesso à escrita e a leitura
Hoje com a extensa editoração e impressão de livros, jornais, revistas, apenas o ouvir já não é mais uma forma muito utilista, visto que a escrita está amplamente divulgada em diversos meios e veículos de comunicação.
A internet abreviou o tempo de acesso a imensa gama de informação disponibilizada, diariamente, ao internauta, obrigando-o a desenvolver o senso seletivo, a fim de levá-lo ao discernimento do útil, porque “o fato de estar lendo um livro, diz mais sobre o leitor do que a respeito do autor”, como oferece Rick Warren em seu livro “Liderança com propósitos”, ao que complementa a escritora Roseane Murray: “o bom leitor percebe a teia da aranha, porém não cai dentro dela”.
Liberdade nada mais é do que a capacidade em pensar o que se quer – e muitas vezes, até o que não se deseja – porém, falar e escrever exige um leque de reflexão, ao interlocutor e autor e, nem sempre, é julgado tão útil na extensão, o quanto se possa imaginar, uma vez que “a cada leitor o seu livro” e “a cada livro o seu leitor”, segundo duas das “Cinco Leis da Biblioteconomia” de Ranganathan, bibliotecário hindu, no início da década de 1920.
Se o livro é uma janela de possibilidade, útil ou não, cabe ao leitor julgar e interagir com o autor, ampliando seu olhar a novos horizontes, posto que “alguns têm seu ponto de vista, outros a vista além do ponto”, como exorta o pensador Elanklever em seu livro “Definições Reflexivas.
O sábio rei Salomão oferece uma frase reflexiva, ao dizer: “porque da janela da minha casa por minhas grades olhando eu...” (Provérbio 7:6). Ao assim se manifestar, imagina-se que, apesar de muito conhecimento e esclarecimento, sempre haverá grades que podem deixar pontos cegos no leque do campo visual; sim, da visão mental chamada “entendimento”, porém o entendimento é base para levar ao atendimento, a mudança, a ação, a ressignificação, otimização, aplicação estrutural e dinamização dos valores adquiridos.
Escrito há mais de dois mil anos atrás, o pensador oferece máximas como legado de bom senso, ao manifestar: ”vedes aqui, isto achei..., conferindo uma cousa com a outra para se encontrar a causa”. (Ec 7:27). Ademais “pega-te a correção e não a largues, guarda-a, porque ela é tua vida”. (Pr 4;13)
Muitos podem pensar; o que é correção? Castigo, opressão, privação ou mesmo agressão física. Porém ao dizer “pega-te”, imagina-se que seja auto senso da noção dos valores que se aprendem, ainda mais em uma sociedade que fornece milhares de correções que precisam ser aplicadas no dia a dia.
Infelizmente quantos e quantos que, por não atentarem às mensagens escritas e não fazerem leitura adequada, deixam um legado de dor, aflição de espírito, ou outros históricos de conseqüências graves.
Porém, o sábio ainda orienta a refletir: “o coração do entendido adquire conhecimento, e o ouvido do sábio busca a ciência”. (Pr 18:.15)
Elanklever
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